Apesar de não ser uma rede social tão nova, o Parler tem se destacado entre os conservadores de direita por ser livre de censura. Saiba mais!
Conheça Parler: a rede social do momento – Criada em 2018 pelos norte-americanos John Matze (CEO) e Jared Thomson (Diretor Técnico), ambos formados em Ciência da Computação, a rede social Parler tem chamado a atenção dos conservadores de direita, principalmente pelo fato dela ser livre de censura.
Parler é um microblog que funciona nos mesmos moldes do Twitter, porém, com duas diferenças enormes: a promessa de liberdade de expressão a qualquer custo e o limite de até 1.000 caracteres.
Recentemente, a rede do passarinho azul e o Facebook deletaram posts de grandes nomes da extrema direita, como Jair Bolsonaro e Donald Trump.
Isso motivou os fundadores do Parler a promoverem um ambiente seguro onde as pessoas possam manifestar opiniões e compartilharem informações sem correrem o risco de terem seus conteúdos excluídos ou censurados.
A plataforma ganhou destaque no mundo após familiares de Trump criarem contas lá. Depois disso, o clã Bolsonaro também entrou na onda. Agora, milhares de brasileiros já estão se comunicando na rede.
Para você ter uma ideia, o Parler já ultrapassou o Twitter em número de downloads. Só em junho, no Brasil, 33 mil pessoas baixaram o aplicativo na Play Store. No mundo, já são mais de 13 milhões de usuários cadastrados.
O sucesso foi tanto e em tão pouco tempo que a plataforma chegou a ficar temporariamente indisponível no Brasil há uns dias.
Os usuários que tentaram acessar o aplicativo durante o bug, receberam a seguinte mensagem: “pedimos desculpas, houve um problema. Fomos notificados e estamos trabalhando para resolver isso”.
Felizmente, não demorou muito para o Parler se normalizar. Porém, ainda é possível notar uma certa lentidão, talvez, devido ao fato dele não estar preparado para uma demanda tão grande.
FILOSOFIA DO PARLER
Como já mencionamos, essa rede social surgiu com o intuito de lutar contra as penalidades impostas pelo Twitter e pelo Facebook contra posts e perfis que são considerados inadequados para essas plataformas.
No Parler, não há regulação. São proibidos apenas os conteúdos que ferem a legislação, como pedofilia, maus tratos a animais, exposição de dados, etc.
Fora isso, toda e qualquer manifestação de opinião, de ideal ou de pensamento é liberada.
Segundo o CEO do Parler, John Matze, os conservadores de direita podem interagir sem medo de sofrer qualquer tipo de censura.
Contudo, não é uma rede exclusiva desse público. A intenção é ser uma plataforma neutra. Assim como uma praça pública, o Parler quer receber todo tipo de perfil para promover uma conversa pacífica e enriquecedora.
A aplicativo chegou a oferecer, inclusive, US$ 20 mil para influenciadores de esquerda que tivessem mais de 50 mil seguidores nas suas redes sociais para fazerem parte da rede.
Se quiser saber como fazer parte do Parler, acompanhe o passo a passo a seguir.
COMO CRIAR UMA CONTA NO PARLER
- Primeiramente, acesse a página do Parler na internet (parler.com) ou baixe o aplicativo para iOS ou Android.
- Clique em Sign Up que significa inscrever em português.
- O próximo passo é aceitar os termos de uso da plataforma. Para isso, clique em I Agree (eu concordo) para seguir adiante.
- Agora, precisa preencher o formulário com os seus dados pessoais, como email, telefone e senha que deve conter, pelo menos, oito dígitos com uma letra maiúscula, um número e um caracter especial.
- Após definir a senha, clique em Submit (enviar).
- Digite as letras que aparecem na imagem e clique em Next (próximo).
- Insira o código de verificação que chegará por SMS e clique em Next.
- Nesse passo, a plataforma vai pedir para você seguir contas do seu interesse. Se não quiser fazer isso, clique em Next.
- Escolha a cor do seu perfil e clique em Next.
- Para finalizar a inscrição, clique Continue to Parler para começar a usar a rede.
- Existe a possibilidade de você encontrar contas que deseja seguir. Para isso, utilize a barra de pesquisa. As hashtags também podem ser usadas.
PERFIS BRASILEIROS FAMOSOS NO PARLER
Para fugir da censura, vários nomes da política conservadora já migraram para o Parler. Segundo os usuários, é a melhor maneira de falar livremente sem sofrer bloqueios ou punições.
Veja alguns perfis:
Ana Paula Henkel – @anapaulavolei
Major Fabiana – @depmajorfabiana
Olavo de Carvalho – @olavodecarvalho
Deputado Filipe Barros – @filipebarrosoficial
Douglas Garcia – @douglasgarcia
Leticia Aguiar – @letsaguiar
Marco Feliciano – @marcofeliciano
Carlos Bolsonaro – @carlosnbolsonaro
Bene Barbosa – @benebarbosa
Allan dos Santos – @allandossantos
Filipe G. Martins – @filgmartins
Daniel Silveira – @danielpmerj
Carla Zambelli – @carlazambelli
Abraham – @abrahamweint
BolsonaroSP – @eduardobolsonaro
Flávio Bolsonaro – @flaviobolsonaro
Carlos Jordy – @carlosjordy
Jair Bolsonaro – @jairmessiasbolsonaro
BiaKicis – @biakicis
Davy Albuquerque – @davyalbuquerque
Leandro Ruschel – @leandroruschel
Roger Moreira – @roxmo
Ailton Benedito- @ailtonbenedito
Claudia Wild – @claudiawild1
Arthur Weintraub – @arthurweint
Rodrigo Constantino – @constantinorodrigo
Bernardo Kuster – @bernardopkuster
Smith Hays – @smithhays
Douglas Garcia – @douglasgarcia
Mario Frias – @mariofriasoficial
Entre as publicações mais visualizadas no país estão as do presidente Jair Bolsonaro o qual fala sobre as ações governamentais que estão sendo executadas no seu mandato.
Por sua vez, os influenciadores de direita, como o Bene Barbosa, ainda estão engatinhando na plataforma, fazendo testes, compartilhando mensagens, enfim, aprendendo a lidar com a ferramenta.
CURIOSIDADE: OUTRA REDE SOCIAL IDEOLÓGICA
Em 2016, durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos, surgiu o Gab. Essa rede social nasceu com o mesmo propósito do Perler, o de fugir da censura imposta por outras plataformas.
O aplicativo chegou a ter vários usuários brasileiros na época e ganhou o coração do movimento conservador também.
Hoje, o Gab tem cerca de 1 milhão de perfis e atende, principalmente pessoas dos Estados Unidos (com 51% dos usuários), do Brasil (10%), do Reino Unido (6%), do Canadá (6%) e da Alemanha (3%).
Os conteúdos postados lá não se limitam apenas à política. Há conversas sobre movimentos racistas e antissemitas, por exemplo.
Atualmente, essa plataforma está em busca de recursos financeiros para competir com o Parler de igual para igual.
Agora que você aprendeu mais sobre o Parler, que tal compartilhar esse artigo para outras pessoas conhecerem a rede também?
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